
Durante encontro com empresários paulistas, que deu continuidade à série "Repensando o Brasil", ele explicou que a defasagem da infraestrutura brasileira provém da "grande diferença entre o desenvolvimento da economia interna, sobretudo pelo aumento do poder de compra da população, e o investimento insuficiente no setor".
Apesar disso, continuou Godoy, de 2003 a 2008 o investimento em infraestrutura dobrou, chegando a R$ 106,8 bilhões anuais. Nesses cinco anos, o setor que mais recebeu incentivos foi o de petróleo e gás, em torno de R$ 190 bilhões. Saneamento básico, um dos mais defasados, foi o que menos captou recursos, R$ 26 bilhões no mesmo período.
"Para universalizarmos o saneamento básico até 2020, precisamos trabalhar com uma perspectiva de investimento de R$ 13,5 bilhões ao ano. Hoje, não passa de R$ 5 bilhões", sublinhou o presidente da Abdib.
Segundo ele, a reversão deste quadro só será viável caso o País aumente em 10% os investimentos anuais no segmento. "Vemos nosso despreparo quando analisamos a logística do transporte, por exemplo, toda sustentada pelo modal rodoviário. É claro que não seria suficiente para as exigências atuais", ressaltou.
Agências Reguladoras
De acordo com o presidente do Consea, Ruy Altenfelder, os problemas da infraestrutura brasileira também estão ligados ao papel das Agências Reguladoras. Em sua avaliação, um salto na qualidade do setor depende da fiscalização e da regulamentação bem feitas, o que não tem acontecido.
Para Altenfelder, os problemas começam com o contingenciamento dos orçamentos. Segundo ele, as agências deixaram de dispor verbas suficientes em seus orçamentos para o cumprimento de suas demandas. Além disso, prosseguiu, a maioria dos cargos ocupados é feita por indicação pessoal, e não profissional. "O ideal seria incluir e discutir o tema das agências reguladoras nos programas de governo dos candidatos a presidência da república", sugeriu.
Copa do Mundo
A Abdib realizou um amplo estudo para mapear a condição e as necessidades infraestruturais das 18 cidades brasileiras candidatas a receber jogos na Copa de 2014. O estudo leva em conta nove frentes e recomenda que o País invista R$ 34 bilhões entre portos, aeroportos, mobilidade urbana, energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações, saúde, segurança pública e hotelaria.
Segundo Godoy, somente para atender às exigências da Copa do Mundo, são necessários mais 304 novos projetos. "Este nosso estudo está servindo de base para o 'PAC da Copa', o movimento federal, junto com os estados, para ordenar os investimentos nas áreas necessárias", afirmou. (Informações: Agência Indusnet Fiesp)
Fonte: www.globalonline.net.br
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