Por DCI - SP
As empresas de logística brasileiras começam a alçar novos voos e vislumbram explorar mercados internacionais, com plano de buscar terminais de contêineres fora do País para operar cargas que chegam principalmente na América do Sul.
Este é o caso da Santos Brasil, empresa que obteve um faturamento de R$ 660 milhões no ano passado e tem a meta de alcançar crescimento de 10% em 2010. Outra empresa que também pretende ampliar seus horizontes no mercado internacional é a Tito Global Trade Services, provedora de serviços de logística internacional e comércio exterior que estuda instalar escritórios no Chile, no Peru e na China para atender à demanda de produtos chineses que anualmente recebe.
A Santos Brasil, que é a maior operadora de contêineres do País, de acordo com seu novo presidente, Antônio Carlos Sepúlveda, vislumbra a médio e longo prazo explorar terminais de contêirneres em países como Argentina, Chile e Peru, por exemplo. "A meta, ao explorar o mercado internacional, é justamente ampliar ainda mais o nosso foco de atuação. Começamos na América do Sul e ampliaremos para o mundo", comemorou Sepúlveda.
No mercado interno, a companhia também segue em ritmo de expansão, tanto que prevê aplicar R$ 137 milhões este ano, apenas para ampliar o novo terminal da empresa no Porto de Imbituba, em Santa Catarina. O local, que já opera parcialmente, possui dois guindastes, e estão para chegar outros dois até o ano que vem. "Imbituba será um porto moderno e com capacidade para receber navios maiores", afirmou Sepúlveda.
Além disso, o novo executivo da companhia afirmou que a Santos Brasil irá participar de todas as licitações que forem abertas para a construção de novos terminais. "Estamos interessados em ampliar nossos negócios; portanto, se houver uma licitação nós iremos participar", finalizou Sepúlveda.
Outro indicativo de que a área portuária no Brasil deverá ter um dos principais investimentos -para atender à crescente demanda da área de logística e assim evitar o medo do gargalo, que é o fantasma do segmento- veio do ministro dos Portos, Pedro Brito. Ele confirmou um aporte no setor, previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), de R$ 5,1 bilhões, dos quais R$ 3,7 bilhões serão destinados apenas à área de dragagem de portos como os de Imbituba, em Santa Catarina, Porto Areia Branca (RN), Porto Rio Grande (RS) e o Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. "Essas obras fazem parte de um planejamento da secretaria para melhorar a infraestrutura portuária no Brasil", disse o ministro.
De acordo com Brito, presente ontem na abertura da feira Intermodal, que acontece até o dia 8 deste mês no Transamérica Expo Center, em São Paulo, serão aplicados, ainda do montante de R$ 5,1 bilhões do PAC-2, cerca de R$ 500 milhões apenas na área de inteligência em logística - parte de tecnologia da informação (TI), softwares e fim da burocratização com uso contínuo de papéis, com a meta de digitalizar todo o serviço.
A Codesp, que administra o Porto de Santos, o maior da América Latina, por exemplo, terá ainda uma ajuda financeira de R$ 1,5 bilhão, afirmou ontem o ministro dos Portos. Esse valor também virá de uma fatia do PAC-2 destinada a acesso ao porto e aprofundamento do canal, entre outros serviços. "Todas essas obras irão tanto melhorar o acesso ao Porto de Santos como ampliar ainda mais a capacidade do porto", comentou Brito.
Já a empresa Tito pretende encerrar 2010 com um crescimento de 24% nos negócios, já que em 2009 a empresa amargou uma queda de 12,8% em seu faturamento, em relação ao ano anterior. Entretanto, o presidente da companhia, Hermeto Bermúdez, disse que este ano a empresa investirá US$ 600 mil no fortalecimento das unidades comerciais, tanto no Brasil quanto no mundo. "Vamos criar equipes de vendas em cada país de atuação. Queremos ampliar nossa presença junto aos parceiros atuais, prospectando também o aumento da carteira de clientes. Nosso investimento será feito em pessoas e em processos", disse Bermúdez.
O presidente da empresa também comentou que estuda a abertura de novas filiais em outros países. "Temos interesse em abrir filiais no Chile, no Peru e na China, onde temos representantes comerciais", finalizou Bermúdez.
Carga aérea - Na carga aérea, a TAM Cargo registrou queda de 7,5% em 2009, frente ao resultado do ano anterior, faturando R$ 936 milhões. Neste ano, a previsão é retomar os valores obtidos no ano de 2008 e alcançar uma expansão de aproximadamente 10%. Com um projeto que prevê economizar 35% no tempo do embarque e desembarque das mercadorias aéreas, a empresa desenvolveu uma nova embalagem com liga metálica interna.
Fonte: www.intelog.net
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