segunda-feira, 17 de maio de 2010

A infraestrutura precária ameaça o transporte aéreo

Por O Estado de São Paulo - SP

A demanda de transporte aéreo no País cresceu 23,48% entre os meses de abril de 2009 e 2010, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Embora a base de comparação seja baixa, é um ritmo que pode ser comemorado, mas que evidenciou ainda mais a falta de investimentos na infraestrutura aérea.

O problema não é das companhias de aviação, que recuperaram a lucratividade apesar da crise mundial, graças à adoção de medidas internas de reorganização.

O serviço de transporte aéreo mudou muito nos últimos anos e as mudanças no modelo de gestão das empresas aéreas - cortando serviços e cobrando por tudo -, se deixou insatisfeitos muitos passageiros, têm contribuído para o equilíbrio financeiro das transportadoras.

No mercado brasileiro, além disso, há mais concorrência: as duas companhias dominantes - TAM e Gol - têm de disputar os clientes com as empresas menores, cujo peso chegou a 17% do mercado no mês passado, segundo a Anac.

A Webjet é a terceira maior, com 5,89% de participação no mercado doméstico, seguida pela Azul (5,56%), a Avianca (ex-Ocean Air, com 2,45%) e a Trip (2,29%).

Os passageiros sofrem com a falta de investimentos da Infraero e a incapacidade dos principais aeroportos de atender ao crescimento da demanda - problemas admitidos pela Anac. "Desde o ano passado, o crescimento já saiu de São Paulo e está centrado no resto do País, porque Congonhas e Guarulhos estão com limitações no número de voos", declarou a presidente da agência, Solange Vieira.

O Aeroporto de Guarulhos já atende 22 milhões de passageiros/ano, 10% acima da capacidade nominal.

As limitações de voos, para reduzir atrasos e a superlotação dos saguões, são condenadas pelo especialista Paulo Sampaio. "Em vez de falar em investimento, fala-se em restrições", disse ao Estado. "Nenhum setor do governo está tratando o assunto com seriedade. Dessa forma, o problema não está sendo resolvido, mas transferido para outros aeroportos."

Sem os investimentos previstos na infraestrutura, haverá comprometimento das obras que teriam de estar prontas até a Copa do Mundo de 2014.

Para ampliar a capacidade dos Aeroportos de Guarulhos, Galeão, Confins e Salgado Filho, dos 47,5 milhões de passageiros/ano atuais para 59,1 milhões, em 2013, será preciso investir R$ 3,2 bilhões com eficiência e rapidez.

Mas até agora a Infraero deu prioridade à transformação dos aeroportos em shopping centers.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Falta de infraestrutura preocupa

Por Transporta Brasil - Editorial
O cenário atual do transporte de cargas no Brasil passa pelo otimismo do mercado com o reaquecimento da economia depois de longos meses de temor devido à crise internacional. A demanda por transporte cresceu em todos os modais, mas alguns problemas orgânicos ainda preocupam.


O cenário atual do transporte de cargas no Brasil passa pelo otimismo do mercado com o reaquecimento da economia depois de longos meses de temor devido à crise internacional. A demanda por transporte cresceu em todos os modais, mas alguns problemas orgânicos ainda preocupam.

O Portal Transporta Brasil realizou uma pesquisa com seus leitores para saber quais são as principais mazelas que atrapalham a cadeia de suprimentos e, principalmente, o transporte de cargas. Segundo o levantamento do Portal a falta de infraestrutura viária e portuária é o maior gargalo enfrentado pelo setor.

Este problema foi apontado por 29% dos participantes da pesquisa, num total de 1629 leitores. Mesmo com as obras do PAC e as recentes inaugurações de estruturas viárias em São Paulo, como a ampliação da Marginal do Tietê e o Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, a falta de estradas ainda é uma grande preocupação de todos os que atuam na cadeia do transporte de cargas.

Em segundo lugar, a questão dos pedágios também é um assunto que preocupa. O alto custo para trafegar nas rodovias concedidas Brasil afora foi apontado como o maior problema do setor por 13% dos leitores.

A concorrência desleal e o roubo de cargas ficaram empatados em terceiro lugar na opinião dos leitores com 10,7% das respostas. Em quarto, a carga tributária e o pesado ônus dos impostos foram apontados por 10,6% dos participantes do levantamento.

Todos estes problemas são questões antigas do setor e dependem de vontade política e atuação séria por parte das autoridades públicas. O transporte de cargas no Brasil não pode mais esperar por medidas que solucionem estes que são os maiores exemplos do descaso com o setor.

O Portal Transporta Brasil agradece os leitores que participaram da enquete e reafirma o seu compromisso dar espaço jornalístico e estar sempre atento às necessidades do transporte e da logística.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Governo cria fundo garantidor de infraestrutura e estatal de seguros

Por Leonardo Hoff dos Santos
Observa-se que cada vez se torna mais necessário às organizações criar produtos e serviços nos quais o consumidor perceba valor agregado, seja na forma de maior qualidade, diferenciação ou outras que visem atender plenamente suas expectativas.

As decisões estratégicas - Hoje em dia, o "pensamento estratégico" está diretamente relacionado com as "idéias e objetivos" da empresa, centrado-se em dois tipos principais de decisões: a decisão de portfólio e a decisão de posicionamento.

A decisão de portfólio deve estar direcionada para os produtos e serviços que a empresa colocará no mercado. Assim, na definição de seu mix, elegerá quais serão seus negócios, produtos e serviços, o que deverá ser avaliado em função de sua produtividade, competitividade e rentabilidade.

Também complementamos registrando o caráter dinâmico relacionado ao conceito de decisão de portfólio, que pode orientar-se por três aspectos: o de permanência, o de incorporação (ou inclusão) e o de eliminação.

Já a decisão de posicionamento trata das formas pelas quais se pode diferenciar dos concorrentes. Deve-se analisar criteriosamente todas as oportunidades (e ameaças!) em relação à infinidade de possíveis segmentações de mercado.

Além disto, deve-se ter também a preocupação com a "imagem" que os consumidores fazem da empresa e de seus produtos. E ao se trabalhar esta questão, a empresa pode enfocar o design, a identidade, os símbolos, as mídias escritas e audiovisuais, as atmosferas e eventos específicos, entre outras formas de comunicação.

Também devemos perceber que posicionamento não é o que podemos fazer com o produto, e sim o que se consegue "formar" na mente do comprador em potencial.

A comunicação e a diferenciação competitiva - Com a crescente oferta de novos produtos e serviços, com preços cada vez mais competitivos, e com serviços agregados cada vez mais diferenciados e alinhados às necessidades dos consumidores, as empresas necessitam, ainda mais, saber comunicar-se com os clientes.

O consumidor atual vive cercado por um excesso de informações e mensagens que são despejadas diariamente sobre suas mentes, sobretudo em forma de anúncios - um sinal claro da "briga" por cada cliente de valor.

Independente da mídia utilizada (impressas, virtuais, televisivas ou de audição), os consumidores acabam por ignorar a grande maioria dessas mensagens, e, por isto, as empresas precisam saber elaborar sua comunicação de maneira a causar um impacto positivo.

E o principal desafio ao processo de comunicar e promover (novos) produtos e serviços é, exatamente, despertar o interesse do consumidor e valorizar as vantagens frente às demais "opções" ofertadas pela concorrência, sobretudo com o objetivo de motivá-lo a conhecer/considerar, experimentar/consumir e comprar os produtos e serviços em questão.

Segundo Kotler, diferenciação é o ato de desenvolver um conjunto de diferenças significativas para distinguir a oferta da empresa sobre as ofertas de seus concorrentes. Uma empresa deve tentar identificar maneiras específicas e originais de forma a diferenciar seus produtos e obter vantagens competitivas, inclusive em seus processos de comunicação.

Para assegurar o sucesso de um novo produto/lançamento, a criação de alternativas inovadoras e originais para comunicar-se com o consumidor deve acompanhar o próprio processo de desenvolvimento do produto, conforme defendem Churchill e Peter.

Os profissionais de marketing das empresas precisam buscar uma comunicação que transpasse a desordem criada por todas as outras mensagens, e de maneira que seu público-alvo dedique sua atenção a ela e sinta-se atraído pelo conteúdo de sua mensagem.

Como o consumidor dirige sua atenção somente às mensagens de seu interesse, é mais provável que as mensagens sejam consideradas quando forem distintivas e relevantes para a sua audiência.

E é por esta razão que as empresas que segmentam corretamente seu público-alvo e concentram-se no valor para seus clientes têm melhor condições de criar mensagens que despertem sua atenção, etapa que antecede a própria geração de interesse pela empresa, suas marcas, produtos e serviços.

Para isto ocorrer, é preciso comunicar ao público-alvo - os receptores da mensagem - sobre como a empresa ou seus produtos e serviços podem lhe oferecer valor ou utilidade, concentrando-se em seus benefícios, e não apenas em suas características, para, logo a seguir, estimular seu desejo e sua ação de compra e consumo.

Fonte: www.tigerlog.com.br

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Governo cria fundo garantidor de infraestrutura e estatal de seguros

Por Portos e Navios

BRASÍLIA - O governo vai unificar seus fundos garantidores de projetos em uma única estrutura voltada a viabilizar investimentos em infraestrutura.

O chamado Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) vai integrar os recursos que hoje estão pulverizados nos garantidores da indústria naval, de energia e de parcerias público-privadas (PPPs), e deve nascer com R$ 5 bilhões em caixa.

" Estamos modernizando o sistema público de garantias " , disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. " Está havendo uma expansão dos negócios e há demanda maior por garantias para viabilizar e reduzir custos financeiros. " Segundo Mantega, a concentração de recursos vai criar um fundo mais robusto e com maior capacidade de se alavancar e de contratar resseguros.

Juntamente com medidas de fomento ao comércio exterior, Mantega também anunciou hoje a criação da Empresa Brasileira de Seguros (EBS). Essa estatal terá como funções administrar o risco dos fundos garantidores nos quais a União participa e conceder seguros não cobertos pelo mercado (caso das operações de longo prazo para exportação). " Ela herdará as garantias dos fundos e terá mais agilidade para operar " , acrescentou Mantega."

A empresa fará consórcios com o setor privado de seguros e o ramo privado terá sinergia com essa empresa " , sublinhou o ministro.

Fonte: Valor Online/Azelma Rodrigues e Paula Cleto, www.intelog.net

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Infraestrutura volta a sofrer

Por O Estado de São Paulo - SP

O alívio provocado pela crise internacional no setor de infraestrutura praticamente já é parte do passado. Em alguns setores, como aeroportos, estradas e energia elétrica, a demanda tem sido tão forte que os indicadores superam os níveis pré-crise, mostra levantamento feito pela Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Mesmo nas áreas ligadas ao comércio exterior, cuja retomada se mostrou mais lenta, os números estão próximos de romper a barreira de setembro de 2008, como é o caso do transporte ferroviário e portuário, além do gás natural.

Na prática, a recuperação dos indicadores significa a volta dos gargalos da infraestrutura, que atormentam tanto a vida das empresas como do cidadão brasileiro.

"O avanço forte da demanda pelos serviços de infraestrutura vai exigir um esforço maior de investimento no setor, seja do governo ou da iniciativa privada", destaca o presidente da Abdib, Paulo Godoy.

Até então, a associação havia detectado uma necessidade de ampliar em 10% o volume de investimentos no setor (que em 2009 deve ter ficado em R$ 100 bilhões), atingindo R$ 160 bilhões por ano em 2014.

Mas, com o ritmo acelerado do consumo, esse cronograma terá de ser revisto, alerta Godoy. "As ações estão sendo tomadas, mas tudo demora muito. A demanda cresce mais que a oferta."

Aeroportos. Na avaliação dele, a área de mobilidade tem se revelado a mais crítica. Um exemplo é o caos nos aeroportos. Não bastasse a demora para embarcar, desembarcar e retirar as malas, em alguns casos os passageiros não têm onde ficar enquanto aguardam o voo. Pior: têm de passar pelo embarque internacional para ir de São Paulo a Ribeirão Preto (330 km da capital), por exemplo.

No setor de carga, a movimentação do segmento internacional, em especial a importação, já superou o pré-crise, afirma o consultor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Allemander Pereira.

Segundo ele, em alguns aeroportos, como Manaus e Campinas, os gargalos se traduzem em aumento do tempo de liberação da carga, que dobrou em relação a setembro de 2008. "A vantagem do transporte aéreo é a velocidade, mas esse tempo prejudica a competitividade. Tudo isso por falta de gente para trabalhar na aduana."

No transporte ferroviário, os velhos problemas aos poucos voltam a incomodar as empresas, como a chegada ao Porto de Santos. Há anos a capacidade de recepção das locomotivas e vagões está saturada, o que dificulta o embarque e desembarque das mercadorias, reclamam os operadores. Isso sem contar o maior problema, que está longe de ser resolvido: o compartilhamento dos trilhos com a CPTM, em São Paulo.

Outro setor que precisará de atenção especial é o de energia elétrica, afirma o professor da UFRJ, Nivalde Castro. Embora a geração de energia esteja bem planejada, a área de distribuição, que leva a luz até a casa das pessoas, precisa ser reforçada. "Não estamos falando em investimento. Estamos falando em gastos com a manutenção da rede. São duas coisas muito diferentes", diz ele.

Para Castro, não adianta levar energia para um número maior de pessoas se não houver manutenção adequada da rede de distribuição.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Transporte será prioridade de central de projetos

Por Valor Econômico - SP
O novo organismo estatal a ser criado para elaborar os projetos de infraestrutura no Brasil deverá focar, principalmente, o setor de transportes, segundo fontes do governo.

Porém, previsto há mais de dois meses pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a central de projetos ainda é um assunto cercado de indefinições e conflitos. Ainda não se sabe a que órgão a nova instituição ficará diretamente subordinada, se ao Ministério do Planejamento, onde foi concebida inicialmente, ou ao Ministério dos Transportes, que deverá ser o principal cliente.

O problema institucional no governo é que já existia uma nova estatal do setor a caminho, liderada por iniciativa do Ministério dos Transportes. Provisoriamente chamada de Empresa de Pesquisa Ferroviária (EPF), a nova companhia seria responsável por receber, absorver e replicar a tecnologia transferida ao país pelo consórcio vencedor do leilão do trem-bala. A EPF atuaria exclusivamente nessa modalidade de transporte.

Pelas discussões atuais, porém, esse novo órgão tomaria o lugar da EPF, mas suas atribuições extrapolariam os projetos relacionados ao trem-bala, estendendo-se também a outros meios.

Essa nova instituição - uma espécie renovada do Geipot, criado em 1965, na ditadura militar, para o planejamento na área de transportes - olhará para o setor com uma nova visão multimodal, buscando aproveitar ao máximo os recursos naturais do país e pensando em interconexões entre rodovias, ferrovias, hidrovias e portos. Essa meta de integração já foi prevista pelo próprio Ministério dos Transportes, ao definir o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT).

Em evento no início deste mês, em Brasília, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que " a logística é muito mais do que pensar em portos, rodovias, ferrovias; é pensar integradamente, articuladamente."

A nova estatal zelaria para que o planejamento e a obra dos diferentes modais de transportes andassem no mesmo compasso - hoje, podem ser planejados, executados e regulados por diferentes instituições. O governo busca, com o novo organismo, criar projetos que, conforme houver necessidade, possam ser colocados em execução. Na apresentação da segunda versão do PAC 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse querer deixar ao próximo governo uma "prateleira de projetos".

A Casa Civil quer, com esse novo órgão, levar ao setor de transportes o modelo que considera bem-sucedido na área de energia, pela criação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Ligada ao Ministério de Minas e Energia, a autarquia hoje é responsável por estudos e pesquisas na área energética. Seus relatórios são fonte de informações oficiais, por exemplo, sobre o aproveitamento potencial hidrelétrico e eólico.

Como a EPE já existe, essa central de projetos, antes pensada pelo Ministério do Planejamento para abordar diferentes setores da infraestrutura, deverá ter foco dirigido aos transportes. Daí o conflito com a EPF, planejada no Ministério dos Transportes. As obras relacionadas à infraestrutura urbana deverão ter outra solução gerencial, mais direcionada aos convênios entre prefeituras, Estados e organismos ligados à área.

Hoje, os projetos de transportes são feitos por instituições como a Valec, no caso de ferrovias, e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), para rodovias e hidrovias. Na visão de pessoa ligada às discussões, "essas entidades deverão voltar a ter foco principal na execução de obras, em vez de elaborar os projetos".

Fonte: Valor Econômico e www.intelog.net

segunda-feira, 3 de maio de 2010

NÃO ESPERE PELO GOVERNO PARA INVESTIR EM INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA

Por: Mauro Roberto Schlüter - IPELOG

Há cerca de vinte anos, ouvi de um empresário do setor do transporte rodoviário de cargas uma expressão que reunia toda a indignação que tinha em relação a falta de ação dos nossos governantes: “Afinal de contas, o quê estão esperando para fazer o mínimo pela infraestrutura de transportes do país?”.

Até hoje esperamos pela resposta concreta dos governos. Realmente os investimentos estão muito aquém do que efetivamente é necessário para que as operações logísticas de transporte do país funcionem, sem causar preocupações aos usuários e operadores deste sistema. O atraso nos investimentos não é uma novidade, pois se trata de ação (ou falta de ação), estratégica dos governantes.

Governantes são lembrados pelas grandes obras que realizam, principalmente se esta obra se constitui em solução de um problema com clamor da sociedade. Por óbvio, permitem que o problema surja para serem lembrados como “salvadores da pátria”.

Mas deixando o aspecto da esperteza política de lado, a verdade é que a nossa infraestrutura de transportes deixa muito a desejar em eficiência e eficácia.

Resolver este problema não é simples. Precisamos mudar os valores daqueles que votam e que contribuem para os candidatos a cargos executivos e isto certamente levará muito tempo. Sendo assim, é preciso buscar novas alternativas que possam atenuar esse atraso.

O investimento privado em infraestrutura pública é bem vindo, mas esbarra em objeções legais de regulamentação, principalmente quando se trata de construção de vias e terminais de uso público (portos e aeroportos).

Há um bom tempo o empresário Eike Batista deseja construir um porto na cidade de Peruíbe (litoral de São Paulo), e o investimento está sofrendo sucessivos reveses gerados por diversos interesses contrariados.

Mas apesar das barreiras aos investimentos em infraestrutura de transportes impostas pela regulamentação pública, existe uma área em que é possível realizar investimento privado sem que haja excessiva interferência pública. Trata-se das plataformas logísticas locais.

As plataformas logísticas locais são locais geograficamente delimitados, onde todos os elementos do sistema logístico de transportes de um determinado local (cidades ou regiões), são reunidos.

As plataformas logísticas locais são planejadas para atender a demanda por serviços de transporte e logística do local em que estão instaladas. Trata-se de algo que pode ser realizado sem a interferência de governos estaduais e do governo federal, evitando assim os entraves colocados pelos diversos lobbies (no bom sentido da palavra).

Lembro que há cerca de 6 anos fiz várias palestras sobre plataformas logísticas locais em cidades do interior do Rio Grande do Sul e muitos prefeitos gostaram do assunto, pois proporcionava a retirada de veículos de carga de grande porte do meio urbano.

Eis uma excelente oportunidade para investimento privado em um setor que carece de realizações que diminuam seus custos e aumentem a sua competitividade.

Qualquer cidade que possua atividade econômica pode estruturar a sua plataforma logística local e certamente não faltarão investidores para tal.

Fontes: www.ipelog.com e www.intelog.net